domingo, 28 de fevereiro de 2016

REVIEW: Fresno - "Quebre as Correntes" (Videoclipe)

Foi com o álbum Ciano (2006) que a banda Fresno virou um fenômeno por todo o Brasil, e o videoclipe que os catapultou foi o da canção "Quebre as Correntes", também lançado em 2006. A trama de fundo é focada em um boxeador que continua resistindo ao seu adversário inúmeras vezes, alternando para cenas em que a banda se apresenta em um octógono de box. O clipe foi filmado todo em preto e branco, o que imprime uma marca interessante, e combina com a abordagem da letra da canção. A música, aliás, é até hoje o maior hit da banda, sendo praticamente o seu hino.
A direção do videoclipe nas mãos de Drico Mello é dinâmica, e possui ótimos enquadramentos. A montagem, mesmo aparentando desligada, cria uma boa imersão aos acontecimentos do videoclipe. O melhor complemento para "Quebre as Correntes", é a ótima veia teatral de Lucas Silveira, que contribui para que adentremos naquele "universo" com as suas feições ao desenvolver a canção.



NOTA
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Música: "Quebre as Correntes"
Álbum: Ciano (2006)
Ano de Lançamento: 2006
Direção: Drico Mello
Gênero: Rock, Emocore



REVIEW: Fresno - "Onde Está" (Videoclipe - 2° Versão)

A nova verão do videoclipe de "Onde Está", ou mais conhecido como "2° Versão", foi lançado pela banda Fresno em 2005. A canção faz parte do álbum O Rio, A Cidade, A Árvore lançado em 2004. Nesta versão, temos uma história se desenvolvendo, diferentemente da primeira versão, lançada no ano anterior. Uma moça se mostra indiferente com os sentimentos de um rapaz, fazendo com que uma caixa contento os sentimentos do jovem acabe se perdendo pela cidade. Ele então parte em uma busca desesperada para encontrar a caixa, ou uma correspondente, que possa conter os seus sentimentos. Temos também a participação dos membros da banda se apresentando em uma praça, supostamente a Redenção em Porto Alegre, e até Lucas Silveira fazendo uma ponta de barman.
Tudo no videoclipe é muito simples, mas bem melhor trabalhado do que a "1° Versão", principalmente o fato de se ter uma trama para desenvolver durante a duração do clipe. Com a explosão iminente da banda para todo o Brasil, e a propagação do gênero Emocore pelo país, o videoclipe de "Onde Está" teve sua parcela de participação da divulgação do estilo, o que fez muito bem.



NOTA
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Música: "Onde Está"
Álbum: O Rio, A Cidade, A Árvore (2004)
Ano de Lançamento: 2005
Direção: Jacson Tombini e Rafael Tombini
Gênero: Rock, Emocore



REVIEW: Fresno - "Onde Está" (Videoclipe - 1° Versão)

"Onde Está", canção presente no álbum O Rio, A Cidade, A Árvore foi escolhida para ser o primeiro videoclipe oficial da banda Fresno, lançado em 2004. Nele, temos imagens gravadas em um show da banda, mescladas com cenas de uma pequena história de uma deslocada moça. Aparentemente, a moça possuiria alguma ligação com os membros da banda, podendo ser a pessoa de que a canção fala. Contudo, o desenvolvimento dessa história é quase nulo, dando mais atenção às imagens do show. O que chama a atenção, além da aparência jovem dos integrantes da época, é a agitação da platéia durante o show. Mesmo antes da banda explodir para todo o Brasil em 2006, a sua base fiel de fãs já era bastante consistente.
Lucas Silveira, Vavo, Lezo e Pedro Cupertino se mostram totalmente envolvidos com a platéia durante as filmagens, diferentemente de outras bandas em que o mesmo método é/foi utilizado. "Onde Está" é uma das canções mais conhecidas da banda, e no ano seguinte, ganharia um novo videoclipe, ou "nova versão", mas é neta primeira que a gênese da banda consegue se destacar mais. Claro que o videoclipe possui um tom de "calourismo", já que foi o primeiro, mas ele já nos permite ter uma noção do cuidado e constante aperfeiçoamento da banda para com suas produções audiovisuais.



NOTA
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Música: "Onde Está"
Álbum: O Rio, A Cidade, A Árvore (2004)
Ano de Lançamento: 2004
Direção: Camila Farnila
Gênero: Rock, Emocore



domingo, 21 de fevereiro de 2016

REVIEW: SIRsir - "Immortalizer"

Immortalizer é o primeiro EP de SIRsir, o projeto solo de Lucas Silveira, vocalista da banda Fresno. O EP possui 3 faixas criadas por Silveira, e foi lançado digitalmente em 2011. O projeto foi muito bem recebido pela crítica, e principalmente entre os atuantes e fãs do meio eletrônico, que em um primeiro momento podem ter estranhado o projeto paralelo do roqueiro.


Faixas;

1 - "Immo"
2 - "Down"
3 - "Horse"

"Immo" é a primeira faixa, e já chama a atenção pela originalidade, utilizando recursos enérgicos conhecidos da música eletrônica mesclados com momentos-chave de calmaria. A segunda faixa, "Down" é o destaque do EP, sendo dinâmica e bem desenvolvida. A terceira e última, "Horse" possui uma linha mais rude e massiva, e bebe da fonte eletrônica americana dos nos 90. Aparentemente, a última faixa também funciona como uma espécie de continuação, ou "Parte 2", de "Immo".
Silveira gosta de deixar claro que não é, e nem está tentando "bancar uma de DJ", e que o projeto só nasceu pela necessidade de desenvolver esse tipo de material, que não se encaixaria na Fresno e nem em seus outros projetos paralelos, Visconde e Beeshop. Segundo o roqueiro, a ideia surgiu graças ao seu outro projeto, Beeshop. Em uma entrevista na época, Lucas disse; "O SIRsir é mais uma dessas coisas. Tive essa pira bem no começo do trabalho com o Beeshop. Já estava pensando em um segundo disco do projeto. Iria chamá-lo de 'SIR Beeshop', e seria uma coisa completamente nada a ver com o primeiro. No entanto, levantei com "The Rise and Fall of Beeshop (primeiro álbum do projeto)" uma expectativa bem grande do público que gostou, de que eu seguisse uma linha com o projeto que, ao menos, fizesse sentido. No entanto, quando fui desenvolvendo as músicas, percebi que elas estavam ficando demasiadamente Beeshop, e fui diferenciando, mudando, mexendo, até que criei esse mostro que eu decidi chamar de SIRsir, algo totalmente diferente do que eu vinha fazendo, e que não levanta expectativa nenhuma, pelo simples fato de que ninguém sabe o que esperar de mim com esse projeto..."
Com esse EP, Lucas reafirma que gosta de se manter ocupado, criando e inovando conceitos. A forma com que flertou incrivelmente bem com um lado diferente do que estava acostumado à frente de uma das maiores bandas de rock do país, pode ser sentida a todo momento. A cena eletrônica, não só brasileira, só tende a ganhar com a introdução de SIRsir ao meio.



NOTA
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Álbum: "Immortalizer"
Ano de Lançamento: 2011
Gênero: Eletrônica
Gravadora: BugEyed Records



REVIEW: Fresno - "Eu Sou a Maré Viva: REMIXES"

Eu Sou a Maré Viva: REMIXES é o quarto EP da banda Fresno, lançado apenas no formato digital em 2014. Ele trás as versões remixadas das 3 canções de maior destaque do EP original; "À Prova de Balas", "Manifesto" e "O Único a Perder". As músicas foram magistralmente bem remixadas por importantes nomes do cenário eletrônico brasileiro, como; Dirtyloud, Modern Dealer e FTampa.


Faixas;

1 - "À Prova de Balas" (Dirtyloud Remix)
2 - "Manifesto" (Modern Dealer Remix)
3 - "O Único a Perder" (FTampa Remix)

A primeira faixa conta com uma versão mais dinâmica de "À Prova de Balas" comandada por Dirtyloud. Os mineiros sabem utilizar sintetizadores de uma forma incrível, e contribuíram para que a canção ficasse mais ousada. A faixa "Manifesto" que já conta com as participações de Lenine e Emicida, ganhou um remix dos paulistanos do Modern Dealer, que a incrementaram com ótimas influências de Hip Hop e Reggae, tornando-a mais compatível com os discursos do rapper na versão original. A última canção, "O Único a Perder" teve a remixagem feita pelo mineiro FTampa, e sem dúvida, se tornou a melhor do EP. A brilhante remixagem fez com que ela se tornasse surpreendentemente mais grandiosa do que a versão original, aguçando ainda mais os vocais de Lucas Silveira.
A Fresno sempre se provou como uma inovadora, seja em composições ou nos desenvolvimentos dos instrumentos utilizados em suas canções, mas com Eu Sou A Maré Viva: REMIXES, a banda comprova o quão disposta está para derrubar as definições e rotulações concebidas por vanguardistas da indústria. A versão remixada arrancou elogios da crítica e dos fãs, que se viram tão impressionados como no lançamento do EP original.



NOTA
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Álbum: Eu Sou a Maré Viva: REMIXES
Ano de Lançamento: 2014
Gênero: Rock, Eletrônica
Gravadora: Lançamento Digital


REVIEW: Fresno - "Eu Sou a Maré Viva"

Eu Sou a Maré Viva, o terceiro EP da banda Fresno foi lançado em 2014, e chocou o mundo musical com apenas 5 faixas. A formação da banda na época consistia de Lucas Silveira (vocais e guitarras), Vavo (guitarra e vocal de apoio), Mario Camelo (teclado) e Thiago Guerra (bateria). O impacto que o EP teve foi tão grande, que nem os mais antigos fãs puderam deixar de notar como a banda sofreu uma gritante evolução em um espaço de tempo tão curto, desde o lançamento de Infinito. A aclamação da crítica foi imediata e unânime, deixando explícito o alto nível das composições presentes neste EP.


Faixas;

1 - "À Prova de Balas"
2 - "Manifesto"
3 - "Eu Sou a Maré Viva"
4 - "O Único a Perder"
5 - "Icarus"

Como de costume, as faixas de abertura dos álbuns e EPs da banda sempre são chamativas, mas "À Prova de Balas" supera essa tradição, sendo a melhor e a mais inovadora. Lucas se prova com esta canção um compositor fantástico, além de possuir pulmões de aço (como chega a fazer uma brincadeira no encarte do EP). "Manifesto", como o próprio título já diz, é uma queixa contra os questionáveis princípios que a sociedade cultiva, e conta com as participações mais do que especiais de Lenine e do rapper Emicida. A participação dos cantores só contribui para o elevado nível da canção, como Lucas diz nos agradecimentos do encarte; "por trazerem consigo tanta luz para o nosso manifesto...".
A música que dá título ao álbum, "Eu Sou a Maré Viva" possui uma grandiosidade absurda, e é uma das que mais se destacam em toda a trajetória da banda. A única faixa com um tom mais light e que possui um som mais familiar para o público, é "O Único a Perder", que conta com uma melodia simples, mas de uma consistência musical incrível. A última faixa do EP, "Icarus" é ríspida e crua, e além de fazer alusão ao famoso personagem da mitologia grega, cria um ótimo grito de guerra interno.
Quem ainda rotulava a banda como "produto emo para adolescentes", deve ter ficado boquiaberto tanto quanto os fãs e críticos, ao constatarem a magnitude do mais recente trabalho da banda. A qualidade do conteúdo presente neste EP, deixou claro que a Fresno amadureceu de uma forma nunca antes presenciada na indústria musical brasileira, e cria ótimas expectativas para o que virá em seguida.



NOTA
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Álbum: "Eu Sou a Maré Viva"
Ano de Lançamento: 2014
Gênero: Rock, Rock Alternativo
Gravadora: Independente



REVIEW: Fresno - "Infinito"

Infinito foi o sexto álbum lançado pela banda Fresno, em novembro de 2012. A formação da banda na época era composta de Lucas Silveira (vocais, guitarra e baixo), Vavo (guitarra), Mario Camelo (teclado e piano) e Bell Ruschell (bateria). As 11 canções inéditas presentes foram todas compostas por Lucas, tendo recebido a colaboração de Tavares apenas na faixa "Diga, Pt. 2". Tavares deixou a banda em março de 2012, para se dedicar integralmente ao seu projeto solo, Esteban. O CD foi amplamente aclamado por crítica e público, sendo considerado o melhor desde Ciano, de 2006.


Faixas;

1 - "Homem ao Mar"
2 - "Infinito"
3 - "Maior Que as Muralhas"
4 - "O Resto É Nada Mais (O Sonho de um Visconde)"
5 - "Diga, Pt.2"
6 - "Seis"
7 - "Cativeiro (Ana Cruse)"
8 - "Sobreviver e Acreditar"
9 - "Sutjeska"
10 - "Farol"
11 - "Vida (Biografia em Ré Menor)"

A canção que abre o CD, "Homem ao Mar", pode ser considerada a que possui críticas sociais mais evidentes, pelo menos até o lançamento de "Manifesto". Para uma faixa de abertura, ela se mostra atrevida e definidora do quanto a banda cresceu em todos os sentidos. "Infinito", a faixa que dá título ao álbum é uma das mais inovadoras e espetaculares, possuindo uma propagação de originalidade incrível. A terceira canção, "Maior Que as Muralhas" já nasceu para se tornar um hit, sendo naturalmente instigadora de elogios e altruísmo alavancada com ótimas introduções de guitarras. "O Resto É Nada Mais (O Sonho de Um Visconde)" é uma música poderosa, que vai além do que a banda havia criado até então, talvez por isso que ela faça parte de um álbum com um título que faz total justiça ao seu status. A faixa "Diga, Pt. 2" é um dos maiores destaques do álbum, sendo impactante não apenas pelo conteúdo de sua letra, mas pela orquestração dos instrumentos, que a moldam magnificamente.
Como de costume (intencionalmente, ou não), a música deste álbum que nos remete aos primórdios da banda é "Seis" (coincidentemente a sexta faixa do CD). A banda presenteia os fãs com uma ótima melodia emocore, que definitivamente é a cara dos álbuns O Rio, A Cidade, A Árvore e Ciano"Cativeiro (Ana Cruise)" é outra canção que possui totalmente o DNA musical da banda, com ótimas integrações entre as guitarras e a pesada bateria comandada por Bell. A música mais descontraída do álbum, é sem dúvidas "Sobreviver e Acreditar", que é enérgica e bem estruturada. Esta é uma daquelas canções que deixa qualquer pessoa animada com a sua letra e conta com um incrível acréscimo de um coral em seu final. Já "Sutjeska" funciona como um prelúdio para a faixa seguinte, "Farol", logo uma curiosamente complementa a outra. Esta última, é a canção mais "deslocada" do CD, sendo provavelmente um teste da banda para o que viria em Eu Sou a Maré Viva. A última faixa do álbum, "Vida (Biografia em Ré Menor)" fica com o título de "música mais surpreendente", já que em seu inicio, ela engana o ouvinte, aparentando ser uma outra canção mais calma da banda, quando inesperadamente evolui para uma das mais vorazes e chamativas já feitas.
Com Infinito a banda gaúcha crava a estaca do quão representativa e importante é no meio musical brasileiro, sendo a que passou pelas melhores mutações. Com as inúmeras críticas positivas e a aclamação dos fãs conquistadas por este álbum, a Fresno pôde mirar em seu futuro com mais liberdade e confiança, preparando com riqueza o que seria apresentado ao mundo em 2014...



NOTA
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Álbum: "Infinito"
Ano de Lançamento: 2012
Gênero: Rock, Rock Alternativo
Gravadora: Independente



domingo, 14 de fevereiro de 2016

REVIEW: Fresno - "Cemitério das Boas Intenções"

Cemitério das Boas Intenções é o segundo EP da banda Fresno, e foi lançamento virtualmente em dezembro de 2011. O EP conta com 4 faixas, sendo 3 inéditas e uma versão repaginada de "Relato de Um Homem de Bom Coração", sucesso do disco anterior, Revanche. A formação da banda na época contava com Lucas Silveira (vocal e guitarra), Vavo (guitarra), Rodrigo Tavares (baixo e vocal de apoio) e Bell Ruschell (bateria).


Faixas;

1 - "Crocodilia"
2 - "A Gente Morre Sozinho"
3 - "Não Vou Mais"
4 - "Relato de Um Homem de Bom Coração"

A primeira faixa do EP, "Crocodilia", pode ser definida em apenas uma palavra; violenta. A junção de letra e instrumentos resulta em um extremo que nunca tinha sido alcançado pela banda. A canção foi composta em uma colaboração entre todos os membros da época, até então algo inédito na trajetória da banda. A canção "A Gente Morre Sozinho" destaca-se pela forma crua com que se desenvolve, com um fantástico uso das guitarras em seu desfecho. 
"Não Vou Mais" é a única canção que realmente nos remete à Fresno das antigas, ao mesmo tempo em que dá uma nova dimensão ao som da banda, que seria melhor desenvolvida em Infinito. A nova versão de "Relato de Um Homem de Bom Coração" ficou mais suave e controlada, comparada à sua versão original. Mesmo que o resultado final tenha sido muito bom, a falta que as pesadas guitarras fazem é gritante.
Na época do lançamento, em uma entrevista a Rolling Stone Brasil, Lucas proferiu; "Nós lançamos e já sabíamos que ia ser um choque para as pessoas, mas um choque que agradou e fez muita gente voltar o olhos pra nós." A afirmação do vocalista possui um tom absurdamente verdadeiro, já que com Cemitério das Boas Intenções, a banda finalmente se fez ouvir para a crítica e para um público maior, mesmo não sendo mais aquela que deveria ser a "bandinha de pop-rock brasileira". Tendo agora a liberdade para criar conteúdo de forma independente, a banda ousou de uma forma que possivelmente nenhum fã esperava ou estava preparado. O resultado, nós sentimos até hoje.



NOTA
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Álbum: "Cemitério das Boas Intenções"
Ano de Lançamento: 2011
Gênero: Rock
Gravadora: independente



REVIEW: Fresno - "Revanche"

Revanche é o quinto CD da banda Fresno, lançado em 2010, e é o responsável por inaugurar a fase de maturidade musical no som dos gaúchos. A formação da banda na época, tinha Lucas Silveira (vocal e guitarra), Vavo (guitarra), Rodrigo Tavares (baixo e vocal de apoio), Mario Camelo (teclado) e Rodrigo Ruschel (bateria). Todas as 13 canções presentes foram compostas por Lucas, que contou com a colaboração de Tavares em 7 delas.


Faixas;

1 - "Revanche"
2 - "Deixa o Tempo"
3 - "Esteja Aqui"
4 - "Die Lüge"
5 - "Nesse Lugar"
6 - "Eu Sei"
7 - "Relato de Um Homem de Bom Coração"
8 - "Quando Crescer"
9 - "Se Você Voltar"
10 - "A Minha História Não Acaba Aqui"
11 - "Não Leve a Mal"
12 - "Porto Alegre"
13 - "Canção da Noite (Todo Mundo Precisa de Alguém)"


A faixa de abertura do álbum, "Revanche" é o primeiro indício do que seria visto não apenas nas canções seguintes, mas que se mantêm até os dias atuais. "Deixa o Tempo" se tornou um hit na época do lançamento, por ser a música mais "acessível" para o grande público, mas de uma qualidade fantástica. "Die Lüge" é a canção mais inovadora do disco, com acordes pesados e poderosos que deliciosamente nos remetem ao som de garagem de O Acaso do Erro.
Já "Nesse Lugar", a banda aparenta nos dar um material para matar a saudade de sua fase inicial, com uma melodia emocore muitíssimo familiar para quem acompanha o seu trabalho. Um outro hit deste álbum, "Eu Sei", é talvez o mais pop e o mais "desconexo" das demais músicas aqui, mas de uma qualidade impressionante. A sétima faixa, "Relato de Um Homem de Bom Coração", é disparada a melhor do CD (figurando também entre as melhores músicas já feitas pela banda). Uma metamorfose sonora, guiada pelas guitarras e uma ótima harmonia com a bateria comandada por Ruschel.
A canção "Se Você Voltar" chama a atenção por ser sucinta em termos musicais, além de aparentar que poderia ser facilmente integrada ao álbum anterior da banda, Redenção. A forte canção "A Minha História Não Acaba Aqui" é uma ode contra os opressores (de qualquer forma imaginável) e também se destaca pela forma ríspida por qual percorre durante a sua duração."Porto Alegre" é a declaração máxima de amor dos membros da banda à cidade natal em que ela surgiu. Emotiva, leve e com uma melodia que praticamente fecha o álbum serenamente, mesmo que não seja a última canção deste. Com Revanche, a banda Fresno mostrou novamente que é capaz de surpreender com a incrível qualidade de seus trabalhos. A fase "madura" da banda estava oficialmente inaugurada, abrindo corajosamente o caminho para os álbuns seguintes, que elevam ainda mais o seu trabalho.



NOTA
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Álbum: "Revanche"
Ano de Lançamento: 2010
Gênero: Rock, Emocore
Gravadora: Universal Music